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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Antiarrítmicos


A angina é uma das conseqüências mais importantes da aterosclerose coronariana, pois ocorre devido à oferta insuficiente de oxigênio para o miocárdio. A dor caracteristicamente atinge o pescoço, o peito e o braço e pode ser iniciada por esforço físico, estresse ou frio.
            Os nitratos orgânicos, trinitrato de glicerina e mononitrato de isossorbina, diminuem o consumo cardíaco de oxigênio. São usados na prevenção e no tratamento da angina estável. Podem causar hipotensão postural e cefaléia.
            Antagonistas dos receptores β-adrenérgicos, como o atenolol e o propanolol, são usados na profilaxia da angina e no tratamento da angina estável. Os principais efeitos adversos são broncocostrição, bradicardia, fadiga, extremidades frias, depressão cardíaca e hipoglicemia.
            Os antagonistas do cálcio, como o vapamil, o diltiazem e a amlopdipina, reduzem a contratibilidade cardíaca. São usados para prevenir a angina, como antiarrítmicos e como anti-hipertensivos.  Seus efeitos adversos incluem cefaléia, constipação e edema pré-tibial, mas existe o risco de causarem insuficiência cardíaca e bloqueio cardíaco.
            O nicorandil é um ativador dos canais de potássio, usado em pacientes não-responsivos a outros medicamentos. Seus efeitos adversos são rubor, cefaléia e tonturas

Anticoagulantes


A formação de trombos “brancos”, constituído por plaquetas, é comum e causa infarto do miocárdio, embolia pulmonar, acidente vascular encefálico e trombose venosa profunda.
            Os fármacos anticoagulantes injetáveis incluem a heparina e as heparinas de baixo peso molecular, que são administradas por via subcutânea ou intravenosa. Os efeitos adversos mais comuns são hemorragia, osteoporose, hipoaldosterismo e reações de hipersensibilidade.
            A varfarina é um antagonista da vitamina K, administrada por via oral. A administração deve ser monitorada para impedir doses muito pequenas que permitam a formação de trombos, ou doses muito grandes que causem hemorragia.  Interage com outros medicamentos como os AINEs, antibióticos e antiprotozoários. Seus efeitos adversos são hemorragia, teratogênese, hepatotoxicidade e necrose dos tecidos moles.

Anti-hipertensivos


A hipertensão arterial é uma das doenças mais comuns entre a sociedade moderna, possui fatores genéticos e ambientais. Caracterizada pela elevação constante da pressão arterial, geralmente não é detectada inicialmente e pode causar conseqüências sérias, como um infarto agudo do miocárdio ou um acidente vascular encefálico.
            Beta bloqueadores, como a atenolol e o propanolol, eram os fármacos mais utilizados, mas estão sendo substituídos pelos inibidores da ECA. Reduzem o débito cárdico, a secreção de renina e a atividade simpática. Geralmente são associados à diuréticos tiazídicos, como a hidroclorotiazida, para diminuir seus efeitos colaterais (brococonstrição, depressão cardíaca, bradiacardia, hipoglicemia, fadiga, extremidades frias e pesadelos).
            Os fármacos de primeira escolha para hipertensão, atualmente, são os inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA), como o captopril e o enalapril. São vasodilatadores e não afetam a contratibilidade cardíaca. Seus efeitos adversos são tosse seca, hipotensão postural e hipercalemia. As sartanas, (ex. losartana e candesartana), são usadas principalmente em pacientes hipertensos jovens ou diabéticos, e têm ação semelhante a dos inibidores da ECA. São antagonistas dos receptores de angiotensina II. Não causam tosse seca.
            Os antagonistas dos canais de cálcio, como a anlodipina e a nifedipina, geralmente usados e pacientes com angina. Os principais efeitos adversos são cefaléia, rubor facial e edema pré-tibial, mas há o risco de causar insuficiência cardíaca ou bloqueio cardíaco.

domingo, 22 de maio de 2011

Gota úrica


A gota é caracterizada por um defeito na eliminação ou pela superprodução de ácido úrico, que se acumula, principalmente nas articulações, na forma de cristais. Esse depósito causa inflamação crônica.
            O alopurinol é usado no tratamento a longo prazo, mas não é usado em crises agudas onde pode aumentar a inflamação. É um inibidor competitivo da xantina oxidase, reduzindo a síntese de ácido úrico. Seus efeitos adversos incluem distúrbios gastrintestinais, reações alérgicas, síndrome de Stevens-Jonhson e necrólise epidérmica tóxica. Interage com quimioterápicos e com a varfarina.
            A colchicina é usada para prevenir e aliviar crises agudas. Impede a migração de neutrófilos para as articulações. Os efeitos adversos são náuseas, vômitos e dor abdominal.
            Devido a dor crônica, podem ser associados analgésicos no início do tratamento com alopurinol, para aumentar a adesão do paciente. A sulfimpirazona é utilizada na profilaxia de casos recorrentes de gota ou para pacientes com reações adversas intensas ao alopurinol.
             

Antiinflamatórios


Por definição os antiinflamatórios são substâncias que inibem os sinais característicos de uma inflamação, (dor, inchaço, calor e vermelhidão), existem classes que se diferem pelo mecanismo de ação.
Os glicocorticóides, como a dexametasona e a fludrocortisona, inibem a fosfolipase A2, impedindo a produção de prostaglandinas, leucotrienos e fator de atividade plaquetária. Inibem tanto a resposta imediata da inflamação quanto a tardia, de forma potente. Usados na asma, em condições inflamatórias da pele, olhos, orelhas e nariz ou em reações alérgicas graves. Seus principais efeitos adversos são observados depois de um tratamento a longo prazo, (inibição da resposta imunológica, osteoporose, síndrome de Cushing e a supressão da supra-renal).
Os antiinflamatórios não-esteróides (AINE´s), como a aspirina e o paracetamol, inibe a COX. Possuem ação antiinflamatória, antipirética e analgésica, são amplamente utilizados na automedicação.  Usados para tratar cefaléia, enxaqueca, gota, dor reumática, dismenorréia, dor do pós-parto e distúrbios musculoesqueléticos. Os principais efeitos adversos são hemorragia e ulceração gástrica, reações cutâneas (rashes), distúrbios na medula óssea, alterações hepáticas e insuficiência renal aguda em pacientes suscetíveis.
            A utilização inadequada de antiinflamatórios pode mascarar doenças mais graves, causar sangramentos excessivos, etc.